Fundos de CVC auxiliam empresas e startups simultaneamente?
Para nosso CEO Peter Seiffert as corporações podem fazer investimento em startup de algumas formas, na forma melhor estruturada, a corporação cria um fundo para investir em startups, seja em busca de diversificação do portfólio, complementaridade de produtos ou antecipação das transformações no mercado em sua visão estratégica. “Para a corporação, é melhor participar do processo de inovação da startup como investidora e protagonista, criando oportunidades de sinergia e projetos com as startups investidas, do que ser vítima ou espectadora da disrupção”
Em um mapeamento realizado por nós em 2022, que somos uma gestora especializada em CVC, identificamos mais de 100 corporações brasileiras com iniciativas de CVC (Corporate Venture Capital) ou seja, investindo em startups. Cerca de um terço delas atuam por meio de veículos ou estruturas perenes, desenhadas estrategicamente para operar por mais de 8 anos e já integradas às demais estratégias corporativas de novos negócios, fusões e aquisições.
Esta atividade vem se consolidando no Brasil como mais uma das estratégias essenciais para posicionar a corporação em negócios portadores de futuro.
A nível global, o volume de investimentos em startups realizados por corporações em 2021 foi de US$ 169,3 bilhões (R$ 910,21 bilhões), de acordo com uma análise publicada pela MIT Technology Review Brasil. A soma representa uma alta de 131% acima do volume de 2020 e é dez vezes maior que o recorde alcançado na terceira onda, em 2000. O número de operações, por sua vez, passou de 543 em 2000 para 4.661 em 2021, um avanço de 858%.
São os números mais recentes desta quinta onda de CVC que começou em 2010 conforme James Mawson em seu livro Corporate Venturing: a Survival Guide.
A primeira onda de CVC ocorreu na década de 1960, a chamada “Onda da Diversificação dos Conglomerados”. A segunda onda teve início no final dos anos 1970 e se estendeu até os anos 1980, inspirada no mercado de capitais. A terceira onda de CVC veio à tona no final dos anos 1990, período marcado pelo surgimento dos negócios virtuais com a internet. A quarta onda, conhecida como “Onda de Aprendizado em Inovação Aberta”, abrangeu os anos de 2003 a 2009. A quinta onda, por fim, começou em 2010 e é denominada a “Onda da Estratégia de Inovação”, segundo a publicação de James Mawson.
No Brasil, segundo o Corporate Venture Capital Report 2021, os valores e números de investimentos ainda são tímidos se comparados aos do ecossistema norte-americano, o principal hub de investimentos corporativos do mundo. Em 2021 tivemos 162 rodadas de investimento envolvendo CVCs no país (212 contando as rodadas sem valores revelados), totalizando US$ 1,3 bilhão investidos ao longo dos últimos 20 anos nessa modalidade (a ampla maioria de 2013 para cá). Aproximadamente 70% desses investimentos estão concentrados nos estágios iniciais, Seed e Pré-Seed. Isso demonstra como, historicamente, o CVC no país teve como alvo prioritário as startups no começo de sua trajetória de desenvolvimento – apostas, mas com ticket médio consideravelmente menor do que o investimento em players já mais consolidados.
Fundos de CVC impulsionam Inovação e isto é um fato !!!
Entre 2015 e 2017, 33,6% de um conjunto de 116.962 empresas do país com mais de dez colaboradores fizeram algum tipo de inovação em produtos ou processos, segundo dados da Pintec (Pesquisa de Inovação) 2017, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e publicados pela Agência Brasil.
Segundo o levantamento, o percentual de inovação ficou 2,4 pontos percentuais abaixo da apresentada no triênio anterior de 2012-2014, de 36%. De acordo com o IBGE, uma empresa é considerada inovadora quando insere no mercado um produto ou desenvolve um processo novo ou aperfeiçoado.
Uma gestora de investimentos em participações e gestora de fundos de CVC pode alavancar estrategicamente, ao mesmo tempo, corporações e startups, já que auxiliam que as primeiras invistam nas segundas.
Para nós da Valetec Capital a proposta vem avançando bem, percebe-se que o elo entre corporações e startups com o objetivo de transformar e acompanhar as evoluções do mercado é fundamental e só traz benefícios.
“Os fundos de CVC vêm se tornando, cada vez mais, um diferencial na estratégia de crescimento para grandes empresas, pois permitem que elas adotem e implementem inovação de forma rápida e estruturada”, explica Seiffert.
“Ao mesmo tempo, trata-se de uma estrada de duas mãos, pois quem fornece essa inovação são as startups e são elas que recebem esse investimento, fazendo o mercado girar”, complementa.
De forma resumida, as iniciativas de CVC das corporações, se propõem a investir em startups que continuarão a ser independentes após o investimento, mantendo sua autonomia e velocidade de crescimento, motor de sua capacidade de inovação e transformação dos mercados, e é isso que faz com os fundos de CVC auxiliem ambas as partes.
Obrigado, e compartilhe nosso conteúdo para todos aqueles que possuam interesse no mercado de inovação, investimentos, Startups e corporate venture capital.
Um abraço